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Pulp Fiction - Tempo de Violência

Pulp Fiction - Tempo de Violência

Título Original: Pulp Fiction: A Quentin Tarantino Screenplay
Autor: Quentin Tarantino
Páginas: 176
Formato: 14 x 19
Tradução: Joana Mosella
Série: Artemídia
ISBN: 85-325-0536-8

Como aconteceu com Altman e Scorecese antes dele, Quentin Tarantino, ao ser premiado em Cannes, aos 31 anos, tornou-se, não só uma celebridade internacional, saudada pelos cinéfilos antenados com a modernidade, como um ícone dos jovens criadores com grandes idéias e ousadia.

Dos balcões da uma videolocadora para o primeiro plano no mundo do cinema, Tarantino provou que conhece tão a fundo as conveções dos gêneros cinematográficos que se pode dar ao luxo de remexê-las a seu modo, rimando crueldade com inveitvidade e subversão formal, perpetrando um estilo de diálogo que de tão ágil chega a ser entontecedor e uma narrativa ao mesmo tempo sombria e colorida, onde o que poderia parecer barato é valorizado, o óbivio é sempre cômico e a brutalidade, independente dos borrifos de sangue, está mais nas palavras do que no plano físico.

Contando em Pulp Fiction a história de gangsteres que sabem que não são reais, Tarantino injetou adrenalina no cinema americano mostrando, ao mesmo tempo, que continuam atuais os valores do passado. Grandes roteiros, mão segura de diretor e o espaço para bons atores brilharem. Este livro prova isso tudo e revela um criador detalhista que esbanja, em suas descrições, a vebosidade iconolasta que faz as platéias do mundo inteiro sorrirem.

Extraindo sua inspiração das populares e frequentemente sensacionalistas histórias de crime dos anos 30 e 40, Tarantino interpola três narrativas e põe em cena uma galeria de personagens fascinantes. Aqui estão dois matadores de aluguel de inteligência densa, um boxeador trapaceador em fuga, sua avoada namorada francesa, o patrão criminoso dos matadores, sua exótica e toxicômana esposa e dois jovens amantes experimentando uma virada em suas vidas - em vez de assaltar lojas de bebidas, assaltar restaurantes. Recheado de humor cruel, diálogos afiados e ação adrenalizada, Pulp Fiction é mais do que um grande filme e magistral roteiro. É a visão privilegiada de um roteirista fervilhante de imaginação e talento do que é a Hollywood de hoje, com sua sombria cultura do crime.

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